Para
abordarmos esse assunto é necessário esclarecer que a pessoa com deficiência
intelectual não pode ser rotulada como incapaz, que não pode aprender. Como
pensavam no final do século XX, tinha-se uma visão contraditória, onde muitos
pais não matriculavam seus filhos em escolas, porque acreditavam que as
crianças com deficiências intelectuais eram consideradas incapazes, não
aprendiam na sala de ensino regular, não se interagia com os demais do grupo. Esse
pensamento é uma atitude preconceituosa da sociedade com respeito às
diferenças. Hoje, felizmente já se tem outra visão, a de explorar e estimular
as potencialidades dos alunos com deficiência mental alcançando uma
aprendizagem efetiva e real.
As pessoas
com uma desvantagem intelectual têm dificuldades especiais nas áreas da organização
e categorização de experiências, tais como: tempo, espaço, qualidade,
quantidade e causa; no
uso de informações estruturadas para realizar operações de pensamento e na habilidade de representar a realidade por meio de
símbolos. É importante ressaltar que a pessoa com
deficiência intelectual aprende de acordo com seu ritmo e com seu nível de
desenvolvimento. Isso não significa negligenciar ou oferecer um nível pouco
significativo de ensino. Deve prevalecer a tolerância e bom senso nos momentos
da avaliação daqueles que têm um ritmo de aprendizagem diferente. Cada
professor deve buscar alternativas que melhor atendam as necessidades
específicas dos alunos, porque entre os inúmeros fatores que podem causar a
deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas,
desordens do desenvolvimento embrionário e outros distúrbios estruturais e
funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
Os alunos com deficiência intelectual
apresentam grandes dificuldades em transpor o nível de desenvolvimento
potencial para o nível real. Pois, elas podem apresentar limitações no seu
processo de funcionamento mental, na comunicação e relacionamento social, o que
influencia suas possibilidades de aprendizagem.
As medidas
pedagógicas que poderão ser adotadas para o desenvolvimento do aluno com
deficiência intelectual se baseiam na criação de um ambiente agradável para
facilitar a adaptação do aluno, bem como a sua socialização e interação nas
atividades em grupo. Para desenvolver a comunicação, o
relacionamento social e o funcionamento mental a professora do Atendimento
Educacional Especializado teve a iniciativa de confeccionar a trilha numérica.
TRILHA NUMÉRICA
Para realizar esse jogo educativo será necessário um dado e
marcadores das posições dos jogadores. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para
que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois,
pode aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. A própria
sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de
forma considerável a capacidade de se concentrar.
A trilha numérica é um recurso lúdico para desenvolver a comunicação, o
raciocínio lógico, atualização de informações cotidianas escolares,
conhecimentos gerais e a interação com o grupo, respeitando as regras, um dos
entraves da deficiência intelectual.
Dicas para realização do jogo: Ao iniciar o jogo cada jogador
lançará o dado. O jogador que obter maior número iniciará a jogada a partir da
casa nº 1. A professora deve fazer perguntas para que o jogador responda. Se
acertar o jogador deverá colocar o marcador na casa somando a pontuação que
lançou o dado para frente. E assim deverá ser com todos os jogadores. Por
exemplo: Se o jogador estiver na casa 2 e lançando o dado obter 3 pontos, a
professora deverá contar 3 casas para
frente, onde será a casa que o jogador ocupará. O primeiro jogador que chegar à
última casa será o vencedor, o qual receberá os cumprimentos de todos os
jogadores. Esse momento será de intervenção do professor, conscientizando toda
a equipe sobre o verdadeiro espírito de qualquer jogo: de saber ganhar, mas
também saber perder, sem ironias ou desrespeito com o vencedor. As perguntas que poderão ser utilizadas
poderão envolver o raciocínio lógico matemático, como: situações problemas,
cálculos mentais, a sequencia lógica, conceitos matemáticos. Perguntas sobre
História do município, do Brasil; sobre o meio-ambiente, vegetação, clima, higiene
pessoal, hábitos diários da vida familiar e escolar.
Os materiais para confeccionar a trilha numérica são: cartolina, tesoura
para recortar figuras infantis para ilustrar a trilha, desenho da trilha em papel
branco com números traçados com canetinha, cola branca. Os marcadores
poderão ser utilizados tampinhas, pinos, cones ou qualquer outro objeto que
servirão para marcar posição.
Sala de
Recurso Multifuncional da Escola Municipal Santa Tereza de Ávila
Aparecida
de Goiânia
Atendimento Educacional Especializado – Ano 2013.
Parabéns! Gostei das sugestões quanto os materiais que poderão ser utilizados na confecção da trilha numérica.
ResponderExcluirParabéns! Gostei das sugestões quanto os materiais que poderão ser utilizados na confecção da trilha numérica.
ResponderExcluirExcelente contribuição! A trilha é um jogo bastante atrativo para as crianças e propicia a interação com os colegas e com o conteúdo trabalhado. Sua sugestão é ainda de fácil confecção e podemos criar outras a partir do conteúdo a ser trabalhado com as crianças. Parabéns!
ResponderExcluirÓtima Sugestão!! É um jogo que propicia e estimula o desenvolvimento de vários mecanismos de aprendizagem, é interessante para a criança e pode ser diversificado.
ResponderExcluirParabéns! É um jogo criativo e os alunos podem interagir uns com os outros desenvolvendo suas habilidades.
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